terça-feira, 4 de maio de 2010

Todos seremos nulodimensionais.
Acho que uma pixação que tem por aí, mas agora faz todo o sentido. Me dou ao luxo de tentar explicar um assunto qual sou leigo, por isso tente fazer um esforço. Principalmente na parte da linguagem.

Aula sobre Flusser. Assusntos escabrosos e complicados. Tiro a minha atenção dos desenhos que faço e reparo no ser que fala à frente. Ele solta qualquer palavra composta em alemão que quer dizer "estar, viver no mundo", que remete ao tempo das cavernas, onde usávamos apenas nosso corpo para expressar. Estavamos completamente imersos na realidade, na tridimensionalidade. Até alguém resolver deixar um desenho na parede. Segundo Flusser (que se escreve com um "beta" no lugar dos dois esses) começou a "escalada à nulodimensionalidade". Esse desenho mudou toda a concepção de comunicação. Ela passou a ser bidimensional. Os desenhos evoluiram e ficaram cada vez mais simples e com significado mais restrito, e posteriormente viraram escrita. Esta torna a comunicação unidimensional, pois é um ponto em movimento (não me culpe, culpe o tcheco). Cada passo desse, cada dimensão "perdida" é um afastamento da realidade. Com novas tecnologias, passamos a armazenar informação em lugar nenhum. Tudo bem que seu HD tem volume, massa e dimensões, mas as informaçoes nele contidas não estão lá. Elas são impulsos, sinais ou qualquer coisa magnética que o valha. Se você encostar um imã ali, PIMBA, o volume, massa e dimensões são os mesmos, mas não existe mais informação. Acho que essa e a famosa nulodimensionalidade.

Será que tem como perder mais alguma dimensão? O tempo? Será que que isso é um progresso? Será que dá pra se afastar mais da realidade? Será que é o ápice? Será que é o fim das inovações, da história ou de o que quer que seja? Será que existe "fim"?

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